setembro 01, 2009

Guarapari, Woodstock tupiniquim



No verão de 1971, pouco mais de um ano pós-Woodstock - o revolucionário e emblemático festival americano - ecoavam em terras ao sul do equador os novos paradigmas da contracultura. Rubinho Gomes, um dos idealizadores em parceria com Antonio Alaerte, fez um pequeno depoimento em texto que publiquei no site TARU, em 1999, e que considero a versão mais próxima do que presenciei. Confira: http://www.taru.art.br/escritos/rubinhogomes/1999/1001.htm

Na wilkipédia tem um texto reclamando da falta de organização. Dois trechos:

O Festival de Verão de Guarapari foi um desastroso evento musical realizado em fevereiro de 1971 em Três Praias, Guarapari, Espírito Santo.

A participação dos hippies, o principal quesito de um festival que pretendia emular Woodstock, foi vetada pela Polícia Federal, que declarou, "Para nós, hippie é o sujeito sujo, com mau cheiro, cheio de bugigangas nas costas e que pode perturbar o andamento do espetáculo. Esses não poderão participar do festival, nem como público."


Recentemente o Rubinho me alertou para um vídeo meio bagaceira, com todo respeito ao jornalista Clério Borges, autor do documento. No YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=Wv7h4j89fuc

Também a revista Bizz, em 2006, publicou uma matéria interessante que vamos disponibilizar logo.

Voltaremos ao assunto para narrar fatos como a temporada carioca de pré-produção no Copacabana Palace [pois é...] e Hotel Glória, a prisão de Alaerte e Rubinho, minha prisão no dia da abertura do festival... já que eu tinha um cargo meio indefinido de ‘diretor artístico’ além de ter criado o cartaz e o ingresso do evento. No ingresso usei um desenho de Luizah Dantas.

Alô documentaristas...
Paz e amor!

[ilustrando: edição de A Gazeta, 1971 e revista Bizz, 2006]

4 comentários:

  1. Nenna, que loucura cara! Tenho a impressão que está época foi como um desabrochar de uma rosa: que depois desaparece, nuca mais, never more. Um periodo de uma fertilidade nunca mais visto. Diferente desse nosso tempo cheio de ideias, e em que as tecnologias proporcionam mta comunicação, informação e conhecimento, mas não tem aquele frescor, aquela utopia...
    Paz&Amor

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  2. Oi Daniel... verdade. Os tempos são outros. Não sei se melhores [provavelmente] ou piores. E vamos vendo pra onde vai... e interferindo. Saúde! E paz e amor, claro.

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  3. tem algum material tipo cartaz ou poster do evento?

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  4. Nenna, qual o cartaz e ingresso que voce fez? tenho muito interesse para minha pesquisa

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