setembro 14, 2009

Du-vídeo-dó ou Duvide-o-dó?


Voltando da Bahia pra capitania do Espírito Santo, encontramos Vitória sem uma única galeria de arte. 1972.

Resolvi agitar. Imaginei uma mostra reunindo os criadores com quem eu mais me identificava naquele momento e como complemento de integração, um concerto com os músicos que trabalhavam numa sintonia semelhante.

E descolamos o Teatro Carlos Gomes. Tentei com a Fundação Cultural - a Secult da época, dirigida por Euzi Moraes - trazer um crítico do Rio para criar uma possibilidade da mostra reverberar fora do ES. Não deu certo...

Na mostra estávamos eu com uma série de bandeiras com espelhos, Luisah Dantas com desenhos, Sagrilo e Luiz Calazans com fotos geniais. Do Luiz eram fotos que marcavam o percurso da frente do teatro até o espaço da mostra no terceiro andar. Muito bom! Sagrilo e Luisah, chics como sempre.

No show, estiveram Marcos Moraes, Zé Renato Moraes, Chico Lessa, Paulo Branco... uma galera. No recorte que tenho de jornal, aparece o nome de Apriginho Lyrio, mas não me lembro dele cantando. Também estava prevista uma apresentação no Rio, que incluiria na mostra, Ronaldo Barbosa, na época estudante da Esdi. Escola de desenho industrial muito boa. A viagem carioca também não aconteceu.

Foi um momento importante pra cidade. A exposição ficou muito interessante, cosmopolita. E ainda hoje, alguns músicos lembram do evento como algo importante em suas decisões estéticas.

Ah sim... Du-video-dó, por falta de equipamentos de vídeo, virou Duvideo-o-dó, referência a Carmem Miranda, queridinha de Warhol e dos tropicalistas.

[no fragmento da foto de divulgação, feita por Sagrilo [que deve ter o negativo completo] estamos eu, Luizah e e um pedaço do Luiz]

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