setembro 17, 2009

Descendo a ladeira com Lygia Pape


Não me perguntem como fui parar lá no Joá, no Rio de Janeiro, num jantar na casa de Freda Jardim. Mas acho que foi no início da década de 70. Me lembro que fiquei muito tempo ouvindo as histórias do ex-jogador de futebol, Zé Ronaldo do Botafogo, que morava com ela. E tomando uma cachaça das boas!

O jantar estava delicioso e alguns professores da Ufes, presentes. Me lembro de Maria Helena Lindenberg e Maurício Salgueiro, talvez Márcia Moraes, talvez Hilal, talvez Ronaldo, talvez pelo menos outra meia dúzia de gente. E, inesquecível, pois ídolo: Lygia Pape. Conversamos com simpatia durante a festa e no final fui escolhido como companhia no automóvel, para descer a ladeira.

Já era madrugada e como não existiam restrições rígidas pra birita e o trânsito ainda não estava demente, chegamos sem problema à zona sul, depois de muita conversa glauberiana, flertes sutis e divertimentos afins. Um grande super barato !

Só voltei a rever o poder dos olhos azuis da Lygia nos anos 80, quando voltei a morar no Rio e dialogamos mais objetivamente sobre arte, H Oiticica, pósmodernismo e outros. Acabei amigo também da filha Cristina... com quem aprontei algumas bagunças.

Quando o papo chegar aos anos 80, voltamos ao assunto. Saudades !

[foto Mauricio Cirne, 1985]

Um comentário:

  1. Nenna, o tempo faz a memória mudar, caminhar, correr e criar. Principalmente criar. Mammy tinha olhos verdes. Quem tem olhos azuis sou eu. Nada que macule as suas experiencias e todas as bagunças...
    bj
    Cristina Pape

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