setembro 24, 2009

A “Última Exposição”


A província capixaba continuaria sem uma única ‘galeria de arte’ até 1972, quando o filho de D. Adélia resolveu aproveitar um espaço da família no Centro Comercial Quatro Irmãos, na Praia do Suá e criou a Galeria Hilal. Durou cerca de um ano.

Me lembro de duas exposições. Uma coletiva em que se destacou um trabalho do amigo Guilherme Minassa, escritor e estudioso de filosofia acho que hoje residindo em Belo Horizonte, que montou uma mesa de jantar em que os pratos continham pó de minério de ferro como alimento, numa das primeiras manifestações contra a poluição do ar e os impactos sociais resultantes das operações da Vale, na época Vale do Rio Doce. Sagrilo e Carmem Co também participaram da coletiva que reuniu mais de uma dezena de convidados.

A outra mostra, foi uma individual de pinturas e desenhos do Hilal Sami Hilal, na época trafegando pelos códigos do surrealismo. Funcionou interessante pois algumas [ou todas...] paredes da galeria estavam pintadas de preto.

Convidado para uma individual, propus a realização da ‘Última Exposição’, com o subtítulo ‘feliz pelo prazer de quem se eX-forçou o bastante’ que negava o relacionamento arte/espectador e tinha como proposta o fechamento da galeria durante o período anunciado para a ‘exposição’.

É meio conflitante o fato de que mesmo impregnados do fazer e filosofar artísticos queríamos – todos, inclusive Helio Oiticica [ “nada tenho com a ‘arte’, eu faço não-arte”, em abril de 72] ou Lygia Clarck que já estava mais pra terapia - esbravejar contra o status da arte.

Mas enfim, produzimos um cartaz, impresso em cópias heliográficas a partir de fotolitos e marcamos a abertura para a véspera do natal de 1972. No fim sobrou a decisão de nem mesmo abertura realizar.

E durante mais de dois anos, esta seria, realmente, minha ‘Última Exposição’.

[para ilustrar este texto, recriamos de memória, o cartaz original]

setembro 21, 2009

Ame-o ou deixe-o | Amo-o & So Long


A ditadura dos generais mandou o recado: “Ame-o ou deixe-o”. Publicidade onipresente na mídia, nos adesivos aplicados nos vidros dos carros, nos cartazes, no Brasil que vai vai pra frente... logo após a copa do mundo 70. Brasil do general Emílio Garrastazu Médici. E toma censura e toma autoritarismo reacionário e violento nos costumes e política.

E lá fui provocar, no Serviço de Turismo da Prefeitura de Vitória, que ficava num sobrado atrás do Teatro Carlos Gomes. Com um carimbo e um cubo que servia de base para as pessoas carimbarem a vontade: “Amo-o e So Long”.

Batizei a ação de ‘Brasiliana’, já pensando vivenciar novos ares no exterior, numa espécie de autoexílio voluntário e fugaz.

No cubo, além de poesias se destacava também uma faixa verde e amarela, dessacralizando as cores que os militares se apoderaram sem cerimônia, como propriedade da ditadura.

A pesquisadora Almerinda Lopes em texto ainda inédito fez leitura consistente do evento, do qual extraímos pequenas passagens:

“O ato de carimbar assumia, portanto, uma conotação irônica, alertando da ação repressora da ditadura militar, numa época em que carimbar era sinônimo de reprovar, e um simples carimbo interditava a concretização de sonhos, tornando inelegíveis muitas tentativas de agir, dizer e exprimir. O carimbador era nada mais nada menos que um repressor insensível, que reprimia a liberdade, condenando à inação e ao absoluto silêncio.

O teor irônico da proposta manteve-se, no entanto, velado ou passou praticamente despercebido aos militares e ao público capixaba, que tinham dificuldade em fruir esse gênero de manifestação plástica, pelo seu ineditismo, apesar de que tudo aquilo que destoasse da norma era não raramente interpretado como afronta ou provocação.

O potencial criativo e o desprendimento do jovem capixaba não deixam de ser surpreendentes, tanto por ele viver e trabalhar distante dos centros hegemônicos do país; segundo porque ao pôr em xeque os valores artísticos do passado acadêmico que ainda imperavam no meio local, Atílio Gomes Ferreira [Nenna] se propunha assumir um outro desafio: pôr o público do Espírito Santo em contato direto com a arte contemporânea, retirando-o do isolamento e libertando-o da camisa de força do atraso cultural.

Para se entender melhor a ousadia do jovem provinciano, basta citar que ele parece ter antecipado determinadas proposições da arte conceitual, se atentarmos que um dos mais refinados e instigantes artistas brasileiros que começava a atuar naquela mesma época - o pernambucano Paulo Bruscky - só realizaria a obra denominada: “Confirmado é arte” em 1977, a qual lembra, de algum modo, a citada Brasiliana I, de autoria do jovem capixaba. Por viver também numa capital periférica e realizar um gênero de trabalho que não é absorvido pelo mercado e que se distanciava muito da sintaxe da maioria de seus conterrâneos, Paulo Bruscky permaneceu no anonimato e sem vender uma única obra praticamente até 2004, quando recebeu em seu atelier a visita do curador da XXVI Bienal Internacional de São Paulo, Alfons Hug.

O exemplo apenas ilustra como, no campo artístico, muita coisa precisa ainda ser avaliada, para que se possa desfazer certos equívocos e injustiças, o que não descarta a possibilidade e a esperança de que, num futuro próximo, o significado da contribuição de Nenna à arte contemporânea capixaba venha encontrar o devido reconhecimento e compreensão.”

setembro 17, 2009

Descendo a ladeira com Lygia Pape


Não me perguntem como fui parar lá no Joá, no Rio de Janeiro, num jantar na casa de Freda Jardim. Mas acho que foi no início da década de 70. Me lembro que fiquei muito tempo ouvindo as histórias do ex-jogador de futebol, Zé Ronaldo do Botafogo, que morava com ela. E tomando uma cachaça das boas!

O jantar estava delicioso e alguns professores da Ufes, presentes. Me lembro de Maria Helena Lindenberg e Maurício Salgueiro, talvez Márcia Moraes, talvez Hilal, talvez Ronaldo, talvez pelo menos outra meia dúzia de gente. E, inesquecível, pois ídolo: Lygia Pape. Conversamos com simpatia durante a festa e no final fui escolhido como companhia no automóvel, para descer a ladeira.

Já era madrugada e como não existiam restrições rígidas pra birita e o trânsito ainda não estava demente, chegamos sem problema à zona sul, depois de muita conversa glauberiana, flertes sutis e divertimentos afins. Um grande super barato !

Só voltei a rever o poder dos olhos azuis da Lygia nos anos 80, quando voltei a morar no Rio e dialogamos mais objetivamente sobre arte, H Oiticica, pósmodernismo e outros. Acabei amigo também da filha Cristina... com quem aprontei algumas bagunças.

Quando o papo chegar aos anos 80, voltamos ao assunto. Saudades !

[foto Mauricio Cirne, 1985]

setembro 15, 2009

Atualidades I – Fatiando o Tempo


Ao me aventurar nos tais “vestígios de mergulhos no universo expandido da arte contemporânea” uma das primeiras constatações foi a de que existem três períodos, claramente distintos, no percurso:

1970/1979 - RESISTÊNCIA PSICODÉLICA

Representa o período de forte repressão política e cultural, anos 70, com predominância de atividades de contracultura e enfrentamentos intelectuais. Iniciado com o Estilingue, chega ao final na mostra Taru, na Galeria Homero Massena, em 1979.

Tarú, significa tempo [vocábulo anotado pelo príncipe viajante Maximilian de Weid-Neuweid junto aos botocudos ao norte do Rio Doce] e a mostra tinha muito de retrospectiva, utilizava pela primeira vez no estado a tecnologia de vídeo e anunciava a anistia próxima.

1980/2000 - CONFLITOS PÓS-TUDO

Sinaliza a opção por um caminho diferenciado na relação com os paradigmas do então emergente pósmodernismo.

A saturação das práticas vanguardistas me atingiu em 81, quando pela primeira vez apresentei publicamente pinturas e desenhos, na mostra ‘Noturnos’ na Galeria Homero Massena.

Voltando a morar no Rio de Janeiro, no início da década, pude acompanhar o surgimento dos conceitos de transvanguarda e as primeiras discussões sobre o pós-modernismo no Brasil, além de acompanhar os bastidores da Geração 80. Detalhes depois...

Após o retorno a Vitória, 1984, este período incluiu ainda uma consistente convivência e cooperação com o Balão Mágico, via tia Telma Guimarães. E depois com o povo da música eletrônica, vídeos, internet e muito diálogo com Frans Krajcberg.

Tudo ponteado por conflitos agressivos e anarquistas no que considerava babaquices da pósmodernidade, e divertidos no prazer da experimentação de novos meios.


2001/2010 - PRECIPÍCIOS SURPREENDIDOS

Marca a constatação de que os ventos sopram diferentes no novo século. Depois de criar enormes precipícios com provocações e enfrentamentos [consistentes do ponto de vista intelectual e ético], chegou o momento de avançar por caminhos inesperados.

[ilustrando: mostra “Brasil” – da série ‘Eletropajelanças’ - Galeria Homero Massena, 2005 – foto Nenna]

setembro 14, 2009

Du-vídeo-dó ou Duvide-o-dó?


Voltando da Bahia pra capitania do Espírito Santo, encontramos Vitória sem uma única galeria de arte. 1972.

Resolvi agitar. Imaginei uma mostra reunindo os criadores com quem eu mais me identificava naquele momento e como complemento de integração, um concerto com os músicos que trabalhavam numa sintonia semelhante.

E descolamos o Teatro Carlos Gomes. Tentei com a Fundação Cultural - a Secult da época, dirigida por Euzi Moraes - trazer um crítico do Rio para criar uma possibilidade da mostra reverberar fora do ES. Não deu certo...

Na mostra estávamos eu com uma série de bandeiras com espelhos, Luisah Dantas com desenhos, Sagrilo e Luiz Calazans com fotos geniais. Do Luiz eram fotos que marcavam o percurso da frente do teatro até o espaço da mostra no terceiro andar. Muito bom! Sagrilo e Luisah, chics como sempre.

No show, estiveram Marcos Moraes, Zé Renato Moraes, Chico Lessa, Paulo Branco... uma galera. No recorte que tenho de jornal, aparece o nome de Apriginho Lyrio, mas não me lembro dele cantando. Também estava prevista uma apresentação no Rio, que incluiria na mostra, Ronaldo Barbosa, na época estudante da Esdi. Escola de desenho industrial muito boa. A viagem carioca também não aconteceu.

Foi um momento importante pra cidade. A exposição ficou muito interessante, cosmopolita. E ainda hoje, alguns músicos lembram do evento como algo importante em suas decisões estéticas.

Ah sim... Du-video-dó, por falta de equipamentos de vídeo, virou Duvideo-o-dó, referência a Carmem Miranda, queridinha de Warhol e dos tropicalistas.

[no fragmento da foto de divulgação, feita por Sagrilo [que deve ter o negativo completo] estamos eu, Luizah e e um pedaço do Luiz]

setembro 09, 2009

Zarpando pra Bahia – Du-vídeo-dó


Enchemos um fusca com muitos exemplares da Presença 2, mais o casal Sheila e Joe, Rubinho, Aprígio e Eu. Fechado o apartamento da Gávea, partimos numa bela aventura, antes do retorno a Vitória.

Eu e Rubinho, combinamos recentemente gravar um papo para publicar em formato de livro, recordando a viagem que tangenciou a bahianada Caetano, Gal, Gilberto Gil, Rogério Duarte, passou por Erasmo Carlos [!]... e depois, o verão 72 de Arembépe.

Uma noite bacana que ainda me lembro foi na casa de Gilberto Gil. Eu tinha escrito um texto sobre vídeo [novidade total!!!] a pedido do Luiz Carlos Maciel [outro bahiano...] para o jornal Rolling Stone. O texto foi muito comentado e um produtor fez um anúncio no jornal O Pasquim me procurando. Esqueci o nome do cara, acho que Carlos alguma coisa, mas pouco depois em Nova York o Hélio Oiticica detonou a figura, que teria descolado os equipamentos [na época ainda caros...] num trambique pra cima do banco Chase Manhattan . Mas, enfim, a idéia era montar o que seria o primeiro coletivo de vídeo no Brasil. Nos encontramos também com Jorge Mautner que, junto com Gil, estavam interessados na parceria.

Lembro também que eu e Aprígio, passamos antes num boteco onde estavam Rogério Duarte e outros. Aproveitamos e tomamos alguma pinga ou coisa parecida. Na porta da casa de Gil, estavam a Gal usando um calção de jogador de futebol... e a Wilma, da banana da abertura do programa Planeta dos Macacos da Globo.

Quando entrei reconheci o amigo Antonio Adolfo numa roda de músicos, conversamos e tal. Quando falei pro Gil quem eu era, ele falou de uma forma e sotaque muito interessantes: “Venha cá menino !” E me carregou pra cozinha, onde conversamos sobre a nova tecnologia que estava chegando finalmente ao Brasil, já que em Nova York o bom Nam June Paik comprou a sua primeira ainda em 1968. Fizemos planos de um encontro ainda em Salvador, mas todos os capixabinhas migraram pra Arembépe... que aí já é outra história.

O produtor, o Carlos, chegou a visitar Vitória, onde realizou um trabalho com o jornalista Cláudio Bueno Rocha e Flávio Santos. Mas aí eu já estava em outra. E o coletivo pioneiro de vídeo, descartado...

[Na reprodução em xerox da foto de Balalé, no apartamento da Gávea, eu [refletido no espelho] e Luiz Calazans, que depois participaria da mostra Du-vi-de-o-dó, em Vitória]

setembro 03, 2009

Presença carioca – II



No segundo número de “Presença”, o jornal foi publicado já com as naturais dificuldades de iniciativas alternativas: publicidade, distribuição. Mais uma vez, nosso jornalista de sempre, Rubinho Gomes, esclarece em texto de 1999:

“Torquato Netto me remete ao mesmo Rio que me acolheu depois do Festival, quando ‘inventamos’ um jornal alternativo chamado “Presença”, de setembro a novembro do mesmo ano de 1971, outra contribuição que demos ao movimento revolucionário de resistência. Foram duas edições de um jornal de circulação nacional que viabilizamos juntamente com personalidades históricas da contra-cultura como Antonio Henrique Nietzsche, Euclydes Marinho, Raul Pedreira, Gracinha e Nelsinho Motta, com colaboradores lendários como Hélio Oiticica, Torquato Neto, Jorge Mourão e seus Archivos Impossibles, Joel Macedo, Antonio Bivar, Zé Vicente, Celso Mendes, Nenna B (quando ainda assinava Atilio Gomes Ferreira), mais todo o pessoal do Teatro Ipanema que estreava ‘Hoje é dia de rock’ do Zé Vicente e tantos outros. Tudo aconteceu porque “tinha que acontecer”, na falta de outra explicação, da mesma forma como Torquato Neto referiu-se ao nosso Guaraparistock como ‘o festival que foi feito porque tinha que ser feito’...”

No segundo número fiz uma página dupla utilizando uma gravura antiga, a mesma usada no cartaz do Festival de Guarapari, em montagem com uma foto do Julian Beck, do Living Theatre, clicada em Ouro Preto pra onde fui em companhia do músico/mito mineiro Marco Antonio Araújo.

Poucos dias depois da foto, os integrantes do grupo de teatro [um dos mais importantes de sua época], foram presos pela ditadura militar e após um rumoroso processo, e reclamações internacionais, foram deportados.

Recentemente o governo brasileiro se desculpou, condecorando a esposa de Julian, Judith Malina que lançou livro com os diários da prisão.

[Ilustrando: página de Presença, 1971 e foto de Julian Beck, por Nenna]

Presença carioca - I


Pós encrencas do Festival de Guarapari, verão 71, Alaerte se mandou pra Bahia e Rubinho Gomes foi ativar no Rio de Janeiro. Eu fiquei dividido entre o Centro de Artes da Ufes na província capixaba e o Rio de Janeiro, onde, onda forte na época, acabei dica do Pasquim, como “um dos artistas mais incríveis que transa artes plásticas no Brasil”. Pois é...

Virei agregado no apartamento da Gávea, com Rubinho, Aprígio, Balalé e a turma remanescente do festival, além de novos camaradas. A temporada merece muitas abordagens, todas as festas, mas hoje ficamos no jornal “Presença”, que Rubinho editou em parceria com Antonio Henrique Nietszche e Euclydes Marinho.

“Presença”, ao lado da “Flor do Mal”, foi uma das principais publicações de contra cultura naquele ano de 1971. Funcionava no atelier residência de Antonio Henrique, em Ipanema. Em frente ao Teatro Ipanema.

O jornal reuniu em suas duas edições, Hélio Oiticica, Jorge Mourão, Nelsinho Motta, Torquato Neto e outros bacanas daquele Rio de Janeiro, das dunas da Gal.

No primeiro número, participei com a página zen que ilustra este texto [o exemplar está com a impressão manchada]. Rubinho promete disponibilizar as duas edições completas, dentro de um projeto que está desenvolvendo.

setembro 01, 2009

Guarapari, Woodstock tupiniquim



No verão de 1971, pouco mais de um ano pós-Woodstock - o revolucionário e emblemático festival americano - ecoavam em terras ao sul do equador os novos paradigmas da contracultura. Rubinho Gomes, um dos idealizadores em parceria com Antonio Alaerte, fez um pequeno depoimento em texto que publiquei no site TARU, em 1999, e que considero a versão mais próxima do que presenciei. Confira: http://www.taru.art.br/escritos/rubinhogomes/1999/1001.htm

Na wilkipédia tem um texto reclamando da falta de organização. Dois trechos:

O Festival de Verão de Guarapari foi um desastroso evento musical realizado em fevereiro de 1971 em Três Praias, Guarapari, Espírito Santo.

A participação dos hippies, o principal quesito de um festival que pretendia emular Woodstock, foi vetada pela Polícia Federal, que declarou, "Para nós, hippie é o sujeito sujo, com mau cheiro, cheio de bugigangas nas costas e que pode perturbar o andamento do espetáculo. Esses não poderão participar do festival, nem como público."


Recentemente o Rubinho me alertou para um vídeo meio bagaceira, com todo respeito ao jornalista Clério Borges, autor do documento. No YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=Wv7h4j89fuc

Também a revista Bizz, em 2006, publicou uma matéria interessante que vamos disponibilizar logo.

Voltaremos ao assunto para narrar fatos como a temporada carioca de pré-produção no Copacabana Palace [pois é...] e Hotel Glória, a prisão de Alaerte e Rubinho, minha prisão no dia da abertura do festival... já que eu tinha um cargo meio indefinido de ‘diretor artístico’ além de ter criado o cartaz e o ingresso do evento. No ingresso usei um desenho de Luizah Dantas.

Alô documentaristas...
Paz e amor!

[ilustrando: edição de A Gazeta, 1971 e revista Bizz, 2006]