janeiro 25, 2010

Vida Dupla


Minha vida dupla, pra sustentar o vício de produzir arte não comercializável [naqueles tempos...] incluía atividades gráficas para revistas, jornais, além de inventar e estruturar, em 1976, a TVE do ES e no início dos anos 80 transformar os modos de se fazer rádio FM no estado do Espírito Santo, na direção da Tribuna, alçada rapidamente ao primeiro lugar em audiência.

Divergências nos rumos da implantação da TV Tribuna, questões pessoais e a baixíssima possibilidade de continuar desenvolvendo uma arte na dimensão dos meus desejos na cidade de Vitória [lembrando: não existia ainda a internet...] praticamente me obrigaram a deixar a ilha para uma segunda temporada carioca.

Lá, ainda no início dos 80, paralelamente à minha dedicação ao universo arte, fui escravo oficialmente pela última vez, tendo como ‘senhor’ Roberto Marinho e sua Rede Globo de Televisão. Como produtor executivo do programa Quarta Nobre tive uma experiência muito enriquecedora do ponto de vista do conhecimento dos mecanismos de realização de uma das maiores emissoras em atividade naquele momento no mundo.

No cotidiano dos estúdios - e sem grandes intimidades - algumas pessoas interessantes como Dina Sfat, Denis Carvalho, Malu Mader fazendo sua primeira novela, Paulo José, Renata Sorrah...

Mas no fundo é igual fabricar sardinha [pelo menos no que imagino seja ‘fabricar’ sardinha...] e antes de completar o segundo ano dentro dos estúdios sem jamais poder assistir ao por do sol [tinha que dar sorte no fim de semana...] perguntei se podia ir embora.

Foram muito gentis e me indenizaram [?] com uma pequena montanha de dinheiro! Depois ainda participei de alguns clips pro Fantástico, me divertindo com o amigo e diretor Ignácio Coqueiro.

Plim-Plim !

[na imagem, poladroid da foto do crachá global]

Um comentário: