maio 27, 2010

Galerias da cidade e um ‘novo Estilingue’

Após a mostra ‘Novos Cariocas’, chegou o momento de procurar uma galeria para comercializar as pinturas. Seria minha primeira experiência no mercado de arte.

Numa rápida passagem por Vitória, encontrei um velho conhecido, o poeta Reynaldo Jardim. Também amigo da Lygia Pape, ele me pediu para entregar alguns livros para ela. Ao chegar ao Rio, liguei pra Lygia e combinamos um encontro na Petite Galerie, em Ipanema, de Franco Terranova.

E após o encontro eu seguiria para a galeria do marchand Paulo Klabin, um dos principais em atividade na cidade, para um encontro no final da tarde. Estava negociando com ele, por indicação de Graziella Debbane.

Lygia teve problemas e desmarcou o encontro. Como não existia celular foi impossível me avisar a tempo. Aproveitando o interesse e curiosidade do Franco, acabei mostrando para ele imagens de minhas pinturas e deixando algum material sobre minha trajetória, mas informando das negociações que ainda faria com o Paulo Klabin. Saí feliz da galeria, com a promessa de que se meu papo não progredisse na Gávea, ele teria interesse no meu trabalho.

No mesmo dia fechei com a Galeria Paulo Klabin, na Gávea, e iniciei os preparativos para uma individual. Por alguns meses, mensalmente entregava duas pinturas ao marchand e recebia uma boa grana...

Mas desse encontro com o Terranova surgiu um caso que ainda não decifrei. Entre o material que deixei com ele, estavam imagens e críticas sobre o Estilingue. Passado algum tempo, quando eu já tinha retornado a Vitória, fui informado de que uma artista tinham construído um ‘Estilingue’ em frente a Petite Galerie! Dizem que existe uma matéria grande publicada na época no Jornal do Brasil... algum dia vou consultar os arquivos.

[ilustrando: PINTURA CARIOCA - acrílica s/ tela recortada, 195 x 140 cm - col. Paulo Klabin]

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